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Archive for junho \25\+00:00 2008

Vinte e cinco de junho de dois mil e oito

Ela sempre encontra alguém. Na padaria, no elevador, no portão de casa, ao tocar o telefone…Ela sempre encontra alguém. Mas sente falta de um único ombro, de uma única amiga. A ligação à meia- noite da melhor amiga, o primeiro abraço a meia noite e deitar de mãos dadas até pegar no sono. E de receber sempre aqueles presentes mágicos que pareciam que entravam em sua mente para saber o que ela queria.
Ela queria voltar a sentir a sensação de quando tinha 10 anos e ela e o irmão gêmeo brigavam pelo controle da tv ou pela última batata frita do prato. Ou do primeiro amor platônico, aqueles de quando se é criança. Quando responsabilidades eram tirar notas azuis no colégio ou ir ao shopping com as amigas assistir qualquer coisa no cinema, só pra contar paras pessoas que saiu sem os pais.
Ela queria de volta aquele choro de madrugada por situações bobinhas e mandar embora com o vento o choro de hoje em dia, desses que dói no peito, bem apertado e bem fundo, mas que não é um choro qualquer de madrugada que vai arrancar do peito essa dor. Choro que não vai passar pro resto da vida, porque crescer dói e a dor faz chorar.

Não sabe se acredita em desejos ao assoprar as velinhas, mas se ela tiver a oportunidade, vai pedir lembranças de seu futuro que só ela e mais ninguém sabe que merece, mais do que aquele sapato ou aquele buquê de flores ou até mais do que tudo na vida.

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